Na busca de um melhor desempenho financeiro, as organizações
procuram várias formas de atingir este objetivo, sendo que um deles é o
controle de custos.
No atual contexto empresarial, as
organizações empresariais buscam uma maneira de melhorar seu desempenho, via de
regra visando a manutenção ou o incremento da lucratividade e rentabilidade no
decorrer dos anos, de forma a perpetuar-se frente às contingências que surgem
no decorrer de sua existência.
Uma das formas de conseguir alcançar estes resultados é através de
um adequado controle dos custos existentes no processo de produção de um bem ou
serviço, sejam eles quais forem. A natureza específica do custo dos processos
que permitem a manutenção da qualidade apresenta-se como um fator de vital
importância para as empresas.
Custos da
Qualidade
Para o sucesso de um Sistema de Qualidade
implantado em qualquer seguimento é necessário manter como aliado um sistema de
custo que gere informações úteis para a tomada de decisões sobre as formas de
atuação.
A falha em muitos sistemas que não conseguem
se manter, embora seus resultados sejam significantes, está relacionada à falta
de gerenciamento dos custos, não conseguem mensurar o quanto a empresa está
investindo para mantê-lo e qual o retorno em prol da existência dele, além de
não haver uma preocupação em analisar o comportamento desses custos. Para os
diretores de uma entidade saber o quanto estão investidos é tão crucial quanto
saber o resultado, por isso demonstrar de maneira qualitativa se torna uma
forte arma para o progresso.
Surge então a necessidade de conceituar Custos da Qualidade, para
que se poça identificá-los dentre os demais:
Os
custos da qualidade (CDQ) são custos em que se incorre para prevenir ou
corrigir a fabricação de um produto de baixa qualidade. Esses custos estão
voltados para a qualidade da adaptação (...) (HORNGEM, FOSTER, DATAR, 2002, p.
485).
(...)
os custos da qualidade são os custos que existem porque a má qualidade existe,
ou pode existir. (HANSEN, MOWEN, 2001, p. 515)
De acordo com as definições acima citadas
notamos que os custos relacionados à qualidade na realidade existem devido a má
qualidade, ou seja, surgem para controlar falhas que possam vir a surgir ou
para custear as falhas que já ocorreram. Portanto há duas categorias de custos:
controle e falhas.
Os custos de controle se dividem em custos de prevenção e custos
de avaliação e os custos de falhas em custos de falhas internas e custos de
falhas externas. A figura abaixo apresenta graficamente a divisão dos custos da
qualidade:
A análise dos custos se torna uma estratégia eficaz no
desenvolvimento da organização. Uma das formas mais adotadas de Gestão de
Qualidade está baseada na Norma ISO 9001:2000. A qualidade tradicional acabou
se tornando em qualidade contemporânea, que aderiu a critérios de “erro zero” e
melhorias contínuas. Neste aspecto, os custos da qualidade se dividem em custos
de controle: custos de prevenção e avaliação e custos de falhas: custos de
falhas internas e custos de falhas externas. Os custos da qualidade quando não
gerenciados corretamente podem acarretar o efeito “Bola de Neve”, portanto,
algo preocupante no contexto das empresas.
Aspectos teóricos relativos aos custos da qualidade
Nos últimos vinte
anos a relação entre clientes e fornecedores se inverteu, pois até por volta de
1980 não havia a preocupação de satisfazer o cliente, quem ditava as regras era
o fabricante, ou seja, as mudanças partiam dele para o cliente que as recebia
sem direito de dar sua opinião. No entanto, a evolução da sociedade provocou
uma oposição nesta relação, com o cliente passando a ser valorizado,
iniciando-se um processo onde ele (o cliente) foi chamado de “o foco do
negócio”. A preocupação em satisfazê-lo foi tomando conta do mercado, passando
assim a ditar as regras, contribuindo para que surgissem novos produtos e que
mudanças drásticas fossem realizadas. As empresas tinham plena consciência de
que se não satisfizessem as exigências os concorrentes assim o fariam, que iam
além de preço reduzido, mas era necessário ter qualidade, tanto em produtos
como na prestação de serviços.
Na buscar de
atender o mercado, as empresas começaram a investir na qualidade de seus
produtos, criando departamentos que cuidassem especificamente deste processo. A
qualidade tornou-se um fator indispensável dentro das organizações, onde:
Se os concorrentes estão aumentando a qualidade, então uma empresa
que não invista na melhoria da qualidade provavelmente sofrerá redução de sua
participação de mercado e das receitas. Nesse caso, a vantagem da melhor
qualidade está em evitar receitas menores, não em produzir receitas maiores.
(HORNGREM, FOSTER, DATAR 2002, p. 484)
O mercado reage de forma satisfatória às empresas que investem na
qualidade de seus produtos, com certeza se um cliente tiver que escolher entre
uma empresa com um padrão de qualidade reconhecido e outra que não possua,
deverá escolher a empresa com o padrão de qualidade terá preferência, pois isto
gera certo grau de confiança, que resulta na fidelização do cliente.
O ambiente em que atuam as empresas atualmente exige que elas
desenvolvam métodos que reduzam os custos e aumente o lucro, de forma
automática, a atuação de qualquer Projeto de Qualidade deve se guiar pela mesma
prerrogativa, para que os objetivos sejam alcançados por ambos envolvidos.
Bibliografia
Consultada: HANSEN, Don R., MOWEN, Maryanne M.. Gestão de
Custos: Contabilidade e Controle. 3ª ed., São Paulo: Pioneira Thomson
Learning, 2001.
HORNGREN, Charles T., FOSTER, George, DATAR, Srikant M.. Contabilidade
de Custos. 9ª ed., Rio de Janeiro: LTC, 2002.
Sugestão de Leitura:
Sugestão de Leitura:
Gestao de Custos Contabilidade e Controle
Autor: Hansen, Don
R
O livro traz, ainda, seções com foco no setor de serviços e discussões éticas que permeiam a atividade contábil.
Editora: Thomson
Pioneira
Páginas:
783
Ano:
2001
Sinopse: Utilizando
modernas ferramentas didáticas, este livro apresenta um tratamento completo de
abordagens tradicionais e contemporâneos para a matéria, apresentando, entre
outros: perspectiva histórica, análise da cadeia de valores, sistemas de gestão
e contabilidade de custos, custeio com base em atividades, efeitos just-in-time,
gestão de custos por ciclo de vida, contabilidade por responsabilidade baseada
em atividade e estratégia, custos de qualidade, produtividade, gestão
estratégica de custos ambiental e teoria das restrições.
O livro traz, ainda, seções com foco no setor de serviços e discussões éticas que permeiam a atividade contábil.
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Gostei das dicas cara muito bom msm !
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